Os constituintes da fruta que tem propriedades terapêuticas vêm sendo intensamente estudados.
Os ácidos gálico, elágico e protocatequínico presentes na romã, barram moléculas que danificam a estrutura celular, desencadeando o câncer. Além deles, há doses concentradas de antocianinas, substâncias reconhecidamente anticancerígenas que lhe conferem a cor avermelhada.
Uma publicação recente no periódico científico Atherosclerosis, da Sociedade Européia de Aterosclerose, diz que a romã ajuda a reduzir os teores de colesterol. Médicos examinaram os níveis da gordura no sangue de 20 voluntários, antes e após o consumo diário do suco da fruta, e, assim, notaram que houve uma significativa queda do LDL, a fração do colesterol associada ao entupimento dos vasos.
E, ainda, os antioxidantes existentes na fruta são bastante eficientes para proteger o organismo dos radicais livres, os grandes agentes de envelhecimento da pele. Pesquisas realizadas na Universidade Hallym, na Coréia do Sul, apontaram que as células da pele tratadas com o extrato da romã, sentiram menos os efeitos da radiação ultravioleta.
Para usufruir de tantos predicados, a romã pode ser usada em sucos, salpicada em saladas ou como ingrediente de molhos ou sobremesas. Com a casca, é possível fazer chá, que preserva os benefícios da fruta e, ainda auxilia na redução dos sintomas da menopausa, já que possui ação similar ao estrogênio - hormônio cuja produção é diminuída com o envelhecimento, causando os sintomas desagradáveis nesse período.
Vale lembrar que os estudos não são conclusivos no que diz respeito à quantidade de consumo da fruta. A sugestão é incluí-la como parte de uma dieta saudável, associada a bons hábitos de vida. Sua safra ocorre entre os meses de fevereiro e abril, quando é possível encontrar mais oferta da fruta.
Fonte: Flavia Figueiredo – Nutricionista da rede Mundo Verde.